Agosto é um mês especial para a Igreja Católica, dedicado à oração, reflexão e ação sobre o tema das vocações. Em 2024, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta o tema “Igreja como uma sinfonia vocacional” e o lema “Pedi, pois, ao Senhor da Messe” (Mt 9, 38).
Durante o Mês Vocacional, a Igreja nos convida a reconhecer a diversidade de vocações como notas que compõem uma grande sinfonia. Cada vocação, seja para o sacerdócio, a vida consagrada ou o serviço na comunidade, como o realizado pelos líderes da PPI, contribui para a harmonia do corpo eclesial.
Líderes da PPI: Uma Vocação para o Serviço Amoroso
Os líderes da PPI são chamados a usar seus dons e talentos a serviço dos mais vulneráveis, especialmente das pessoas idosas, compondo uma parte essencial dessa sinfonia vocacional. Eles têm a missão de realizar visitas domiciliares mensais e participar de reuniões com outros voluntários, ações que fortalecem a rede de cuidado e amor nas comunidades.
A vocação desses líderes não é apenas uma função, mas uma resposta ao chamado de Deus para ser a presença viva de Cristo junto às pessoas idosas. Sua dedicação é um testemunho autêntico da sinfonia vocacional, onde cada ação ressoa como uma nota de amor e compaixão.
A Sinfonia da Vocação
O lema “Pedi, pois, ao Senhor da Messe” enfatiza a importância da oração na vida vocacional. Para os líderes da PPI, a oração é o alicerce que sustenta sua missão. É por meio dela que encontram a força necessária para perseverar no serviço e enfrentar os desafios que surgem. Este lema reflete o apelo constante para que mais trabalhadores sejam enviados à Messe do Senhor, uma necessidade que se destaca no trabalho da PPI.
O desafio para que a sinfonia vocacional se realize plenamente na PPI é o equilíbrio entre espiritualidade e ação. A oração, juntamente com a participação ativa na vida da Igreja, inspira e fortalece os líderes da PPI em sua caminhada. Assim, eles se tornam notas indispensáveis na sinfonia vocacional da Igreja, contribuindo para a harmonia e o crescimento espiritual das comunidades em que atuam.
__ Por Assessoria de Comunicação Pastoral da Pessoa Idosa Nacional
Nos 71 anos de aniversário do Ministério da Saúde, comemorados nesta quinta-feira (25), destacamos a contribuição inestimável de Zilda Arns Neumann, uma figura fundamental na história da saúde pública e dos direitos humanos no Brasil. Médica sanitarista catarinense e fundadora tanto da Pastoral da Criança quanto da Pastoral da Pessoa Idosa, Zilda dedicou sua vida à melhoria das condições de saúde e bem-estar das populações mais vulneráveis do país.
A Trajetória de Zilda Arns
Nascida em Forquilhinha, Santa Catarina, em 25 de agosto de 1934, Zilda formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná. Desde cedo, mostrou um profundo compromisso com a saúde pública, trabalhando incansavelmente para reduzir a mortalidade infantil e promover a qualidade de vida das crianças e dos idosos.
Fundação da Pastoral da Criança
Em 1983, Zilda fundou a Pastoral da Criança, uma organização social ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Utilizando métodos simples e eficazes, a Pastoral da Criança combateu a desnutrição e a mortalidade infantil, tornando-se um modelo de sucesso reconhecido internacionalmente. Sob sua liderança, a organização ajudou milhões de crianças e suas famílias em comunidades carentes.
Inovação na Abordagem Comunitária
A abordagem inovadora de Zilda envolvia a capacitação de voluntários comunitários para realizar visitas domiciliares e monitorar o crescimento e desenvolvimento das crianças. Promovia também ações educativas sobre nutrição, higiene e cuidados básicos de saúde. Esse modelo de intervenção comunitária resultou em uma significativa redução da mortalidade infantil nas áreas atendidas, transformando vidas e trazendo esperança a milhares de famílias.
Pastoral da Pessoa Idosa
Em 2004, Zilda Arns fundou a Pastoral da Pessoa Idosa, estendendo seu compromisso com a saúde da população idosa. Seguindo os mesmos princípios de capacitação comunitária e intervenção domiciliar, a organização busca melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas idosas em todo o Brasil. A Pastoral da Pessoa Idosa realiza visitas domiciliares, oferecendo suporte emocional, social e de saúde, promovendo a dignidade e a qualidade de vida das pessoas idosas.
Reconhecimento e Legado
O trabalho incansável e a dedicação de Zilda foram reconhecidos mundialmente. Em 2006, ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, uma honraria que refletiu seu impacto significativo na saúde pública e nos direitos humanos. Sua indicação destacou a importância das ações comunitárias na promoção da saúde e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Zilda Arns faleceu tragicamente em 2010, durante um terremoto que devastou o Haiti, enquanto participava de uma missão humanitária. Sua trajetória de luta, dedicação e amor ao próximo continua a inspirar todos que trabalham pela saúde e bem-estar das populações vulneráveis.
Comemorações e Reflexões
Nas comemorações das sete décadas de criação do Ministério da Saúde, é oportuno refletir sobre a trajetória inspiradora de Zilda Arns e o impacto duradouro de suas iniciativas. Tanto a Pastoral da Criança quanto a Pastoral da Pessoa Idosa permanecem como legados vivos de seu compromisso com a dignidade e a qualidade de vida dos mais vulneráveis, continuando a transformar vidas e comunidades em todo o Brasil.
No dia 16 de novembro de 2024, a Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) se prepara para celebrar duas décadas de um trabalho incansável em prol da pessoa idosa no Brasil. A festividade, que promete ser um marco na história da organização, acontecerá no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui, em Curitiba (PR).
“A celebração dos 20 anos é uma homenagem não apenas aos líderes voluntários, coordenadores e apoiadores, mas também às pessoas idosas atendidas que, com sua sabedoria e experiência, inspiram e motivam esse trabalho tão nobre”, afirma Sandra Regina Capana Michellim, coordenadora nacional da PPI.
A festa terá início com a missa em ação de graças, com dom José Antônio Peruzzo; seguida de show musical, com o padre Reginaldo Manzotti; emocionantes apresentações e, é claro, o tradicional corte do bolo. Informações sobre os ingressos e a programação completa do evento serão divulgadas em breve.
Origens e Expansão
Fundada há 20 anos, a Pastoral da Pessoa Idosa teve seu início marcado pela percepção das líderes voluntárias da Pastoral da Criança, sob a liderança da saudosa Dra. Zilda Arns, e outras figuras proeminentes na área do envelhecimento. Desde então, sua atuação se expandiu para aproximadamente mil e oitenta municípios, cobrindo todos os estados brasileiros e cerca de 2.840 paróquias.
No cerne da pastoral está o acompanhamento mensal sistematizado, que alcança cerca de 100 mil idosos, com 60 anos ou mais, através de 20 mil líderes voluntários capacitados. Essas visitas não apenas fornecem informações vitais sobre saúde e bem-estar, mas também proporcionam um espaço valioso de escuta, acolhimento e afeto.
Os impactos socioeconômicos desse trabalho são significativos, refletindo-se, por exemplo, na diminuição dos gastos públicos com saúde, através da orientação sobre prevenção de quedas e outros cuidados preventivos.
Ao longo desses 20 anos, a Pastoral se consolidou como um dos pilares da rede de apoio à pessoa idosa, conectando-os aos serviços disponíveis e contribuindo ativamente para a formulação de políticas públicas e sociais. Presente em conselhos municipais, estaduais e federais, a PPI é uma voz incansável na defesa dos direitos dos idosos.
Lançamento da Logo dos 20 anos
O lançamento oficial da logo dos 20 anos da Pastoral da Pessoa Idosa acontecerá no Jornal da PPI, edição do dia 17 de maio, às 16h, marcando o início das celebrações, que culminarão nesse grandioso evento. Não perca!
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Por Assessoria de Comunicação Pastoral da Pessoa Idosa Nacional
O médico responsável por cuidar e tratar da saúde das pessoas idosas é o geriatra. Ele se dedica aos problemas que surgem com o envelhecimento e auxilia na prevenção de muitas doenças.
Mas afinal, com qual idade procurar atendimento com geriatra?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a partir dos 40 anos já se deve procurar um geriatra, na intenção de estar programando toda a estrutura física para chegar na velhice de forma eficaz.
Segundo o médico geriatra Victor Hugo de Oliveira, entrevistado pelo Jornal da PPI na última sexta-feira (10), nós precisamos pensar que o geriatra é como um pediatra, um clinico geral para a pessoa idosa que além de acompanhar as pessoas idosas também está focado em um envelhecimento saudável.
Quais são os vilões da alimentação?
Em primeiro lugar está o açúcar, usado de forma indevida e na sequência o sal, que desidrata o corpo e apresenta os riscos de lesão renal.
Para uma alimentação saudável, o especialista indica dois grupos: as bases líquidas e as proteínas. Nos líquidos estão a água, sucos e vitaminas que devem ser ingeridos para auxiliar na hidratação do corpo. No grupo das proteínas estão as carnes, peixes e frango, e a prioridade é sempre para o consumo de carnes brancas.
Uma receita para uma vida saudável
1 – Boa alimentação, com proteínas, minerais, vitaminas, carboidratos de boa qualidade e de forma moderada.
2 – Atividade física regular, de forma frequente, pode aumentar a longevidade
3 – Socialização, ter amigos, conversar, ter interação social
4 – Voluntariado: fortalece a saúde mental e emocional
Pastoral da Pessoa Idosa celebra 19 anos de missão e atuação em todo o país
por Vinicius Silvestrini
Há 19 anos o trabalho da Pastoral da Pessoa Idosa é desempenhado em nosso país. Foi através da necessidade notada pelas líderes voluntárias da Pastoral da Criança, que a Dra. Zilda Arns e outras lideranças ligadas à área do envelhecimento criaram a PPI que hoje está presente em aproximadamente mil e oitenta municípios, em todos os estados e em cerca de 2.840 paróquias.
O principal pilar da pastoral é o acompanhamento mensal sistematizado, onde aproximadamente 100 mil pessoas idosas, com 60 anos ou mais, são visitadas por 20 mil líderes voluntários capacitados. As visitas permitem que as pessoas tenham acesso à informações sobre diversos fatores que auxiliam para o bem estar, como, por exemplo, a prevenção de quedas, vacinação, alimentação saudável, além do trabalho de escuta, acolhimento e afeto.
Os impactos socioeconômicos gerados pela pastoral são muitos, um exemplo são as orientações sobre a prevenção de quedas, que podem impactar diretamente na diminuição de gastos de recursos públicos, com medicamentos, leitos de hospital e cirurgias.
Em todos esses anos de atuação, a Pastoral se posiciona como um dos pontos da rede de apoio e atenção às pessoas idosas. Fazendo ponte entre as pessoas idosas acompanhadas mensalmente e os serviços disponíveis na área. A PPI soma esforços junto a outras tantas entidades que fomentam a criação de políticas públicas e sociais voltadas para aqueles que envelhecem, estando presente em conselhos de direitos municipais, estaduais e até federal.
É a força do voluntariado que faz a Pastoral chegar cada vez mais longe, alcançando cada vez mais pessoas idosas. Aproveitamos a celebração dos 19 anos para parabenizar cada líder voluntário (a), coordenadores paroquiais, diocesanos e estaduais, bem como, os religiosos e religiosas que apoiam esse trabalho missionário.
Pastoral da Pessoa Idosa e UFPR lançam série de vídeos sobre a finitude humana
por Vinicius Silvestrini
A Pastoral da Pessoa Idosa em parceria com o curso técnico de agente comunitário de saúde, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) lança nesta semana uma série de vídeos sobre a Finitude, o fim da vida de forma digna, respeitosa e como processo natural da nossa existência.
São cinco vídeos, que serão postados diariamente no canal da Pastoral da Pessoa Idosa no YouTube, apresentados pela estudante Alecsandra Bronquetti. O material aborda diversos temas, entre eles os cuidados paliativos e a parte burocrática, que fala sobre os documentos que podem ser providenciados antes do fim da vida.
O termo finitude ainda não é muito aceito pelas pessoas, mesmo a morte fazendo parte do ciclo da vida. A grande questão é que nós não estamos preparados para ela. Com os vídeos vamos poder entender esse fenômeno, preparar o ambiente, assumir posturas, escutar e tentar expressar nossos sentimentos, entre eles a dor que é enfrentada de diferentes tipos pelo ser humano.
O primeiro vídeo nos ajuda a refletir e a compreender as nossas limitações, além de buscar as respostas para a morte, o sentido da vida e a nossa relação com o mundo. Já no segundo vídeo, a estudante nos desafia a conviver com a saudade e com as emoções, afinal, quando perdemos alguém, o principal sentimento, na maioria das vezes, é a frustação, e ela nos atinge de diferentes formas, causando lágrimas, culpa, arrependimentos, desesperos e dúvidas.
Os cuidados paliativos é um dos meios que alivia o sofrimento e possibilita o conforto do paciente, seja ele físico, espiritual ou social. No terceiro vídeo vemos que o cuidado da pessoa adoecida, dá condições de proporcionar uma morte natural e menos dolorida. Essa técnica é usada por muitos hospital, onde uma equipe de médicos acompanham o paciente, além de dar suporte para as famílias.
Quando uma pessoa está no processo de morte, há várias questões burocráticas para serem resolvidas, uma delas é a separação de documentos, que deve ser feita com a ajuda da família. São documentos pessoais, plano funerário, incluir um segundo titular para a conta bancária, avisar se é doador de órgão, e até mesmo se deseja ser cremado. Todas essas questões foram citadas no penúltimo vídeo da nossa série.
Por fim, o 5º e último vídeo traz algumas reflexões, afinal, mesmo sendo um tabu para muitas pessoas, o fim da vida é inevitável, esperado e intransferível. Alguns livros podem nos ajudar a superar esses sentimento, são eles: Precisamos falar sobre a morte, por Kathryn Mannix, Deixe-me partir, por Tânia Fernandes de Carvalho, A menina que roubava livros, de Markus Susak, O ano do pensamento mágico, do escritor Joan Didion. Entre os livros há também três títulos para o público infantil: O pato, a morte e a tulipa, de Wolf Erlbruch, Mas por quê??! A história de Elvis, de Peter Schossow e É assim, da autora Paloma Valdivia.
Todos os vídeos disponibilizados de forma gratuita podem ser utilizados em reuniões mensais e capacitações continuadas das lideranças voluntárias da Pastoral da Pessoa Idosa.
Estatuto da Pessoa Idosa completa 20 anos; documento garante direitos para cerca de 30 milhões de pessoas
por Vinicius Silvestrini
O Estatuto da Pessoa Idosa completou neste domingo (1), 20 anos de existência. O documento, criado no dia 1º de outubro de 2003 (Lei 10.741/2003), fez o Brasil avançar na proteção e na garantia de uma série de direitos à população a partir dos 60 anos de idade.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 o número de pessoas idosas no Brasil chegou a 32,9 milhões. O IBGE também divulgou algumas projeções de longo prazo sobre os avanços da população no país, uma delas é que a expectativa do número de pessoas com 65 anos ou mais praticamente triplique e chegue a 58,2 milhões em 2060, o equivalente a 25,5% da população, isso representa uma tendência de envelhecimento da população brasileira, ou seja, em 2060 a o Brasil terá mais pessoas idosas do que jovens.
A Lei 10.741/2003 não apenas protege os direitos das pessoas idosas, mas também reconhece a sua importância na construção da nossa sociedade. São diversos direitos assegurados para essa população, que abrange áreas da saúde, assistência social, previdência, transporte, moradia e cultura.
Um dos avanços significativos dos últimos tempos foi a feito pela Lei 14.423/2023, que substituiu as expressões “idoso” e “idosos” pelas expressões “pessoa idosa” e “pessoas idosas”. Essa mudança teve a função de retirar os estereótipos e preconceitos sobre a pessoa idosa e o envelhecer.
A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), organismo ligado a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) conhece de perto a realidade das pessoas idosas no país. De acordo com a Irmã Terezinha Tortelli, que coordenou a PPI de 2010 a 2020, foi em 2003 quando houve uma introdução do termo ‘pessoa idosa’, usado pela Igreja Católica do Brasil na Campanha da Fraternidade do mesmo ano que teve como tema: a valorização integral das pessoas idosas e o respeito aos seus direitos. O termo ‘pessoa idosa’ foi dotado para que a mulher também seja incluída no movimento e nas políticas públicas.
“A Pastoral acabou sendo protagonista nesse nome ou dessa mudança de cultura, de deixar de chamar de idoso para pessoa idosa, de insistir para que seja Estatuto da Pessoa Idosa e garantir que as mulheres também sejam incluídas”, afirma.
De acordo com a justificativa da Lei 14.423/2023, o termo ‘pessoa’ lembra a necessidade de combate à desumanização do envelhecimento e trazer dignidade e respeito.
Está no Estatuto e é lei!
– Artigo 15º do Estatuto da Pessoa Idosa, responsabiliza o Poder Público pelo fornecimento de medicamentos, especialmente os de uso continuado, gratuitamente;
– Gratuidade na passagem dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos para pessoas maiores de 65 anos;
– Pessoas acima de 60 anos têm direito à isenção de pagamento do IPTU, desde que sejam aposentadas, com renda de até dois salários-mínimos.
Com informações do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
Está em curso pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a elaboração de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que visa garantir mais proteção às pessoas idosas contra situações de abuso e exploração financeira. As tratativas foram iniciadas nesta terça-feira (3) no âmbito do Grupo de Trabalho (GT) para ações de enfrentamento à violência financeira e patrimonial contra a pessoa idosa.
A construção do ACT prevê a adoção de programas específicos que vão atuar nas várias formas pelas quais a violência ocorre contra a pessoa idosa. O objetivo é eliminar o atravessador mal-intencionado e garantir o pleno acesso ao benefício do INSS – evitando, dessa forma, que a fraude e/ou a exploração ocorra.
A secretária-executiva do MDHC, Rita Oliveira, falou das expectativas do ministério e da importância da assistência às pessoas idosas por meio de políticas públicas. “Estamos construindo várias ações e é importante criar parcerias que sejam úteis para a população idosa oferecendo equipamentos, estratégias de letramento para prevenção a fraudes. E que o próprio beneficiário receba informações de uma instância confiável”, disse. A gestora ofereceu ainda parceria para capacitação específica sobre pessoas idosas para agentes públicos que trabalham no atendimento.
Entre as medidas está a retomada do atendimento humanizado dentro do INSS para que as pessoas idosas possam tirar todas as suas dúvidas, sem que precisem do auxílio de terceiros; uma parceria entre o Disque 100 e o Ligue 135 para receber denúncias de fraudes financeiras; a reformulação do aplicativo “Meu INSS”, para inclusão digital dessa parcela da população; a realização de mutirões da cidadania nos municípios brasileiros para atender especificamente esse público com todas as informações sobre os serviços disponíveis; e capacitação para atendimento humanizado dos peritos do INSS e agentes bancários. As medidas visam, ainda, iniciativas para além dos espaços do INSS e da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, como escolas e centros comunitários – a exemplo do barco do INSS que atende comunidades ribeirinhas.
“Essa parceria vai garantir a não violação dos direitos humanos e, com certeza, essa humanização na hora de um momento difícil, de um empréstimo, pela dificuldade de compreensão, vai facilitar. Vamos apontar o problema, mas também trazer a solução”, assinalou o coordenador do GT, secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva.
As sugestões do GT foram bem recebidas pelo presidente do INSS, Alessandro Antônio Stefanutto. Ele elogiou a iniciativa da Pasta de levar as políticas transversais do MDHC para todas as pessoas idosas. “Soluções que nos ajudem a corrigir comportamentos nossos são muito bem-vindas. Nós temos capilaridade no Brasil todo e uma base de dados que podem subsidiar as políticas públicas que o ministério está desenhando. Uma parceria dessa é muito importante”, afirmou. O INSS tem quase 1.700 agências que abrem todos os dias e atendem cerca de 5 milhões de pessoas presencialmente e mais de 50 milhões via aplicativo “Meu INSS”.
Como estratégia de comunicação do GT, está prevista uma campanha educativa do MDHC e o INSS abordando segurança previdenciária, educação financeira e riscos de violência patrimonial. A campanha também pretende alcançar as pessoas que estão em vias de se aposentar, informando sobre todos os procedimentos necessários para adquirir o benefício e como se planejar para a nova fase.
Pelo MDHC, participaram da reunião do GT os servidores Symone Maria Machado Bonfim, Danilo Vergani Machado, Isabel Carvalho, Gardênia Lima e Maria Vitória Ferreira. Já pelo Ministério da Previdência Social, o assessor Thiago Veras do Valles esteve presente.
Sobre o GT
Essa foi mais uma reunião do GT que é coordenado pelo MDHC. No âmbito do ministério é composto por dois representantes da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa; um representante da Assessoria Especial de Educação e Cultura em Direitos Humanos; um representante da Assessoria Especial de Comunicação Social; um representante da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos; e um representante da Coordenação-Geral de Direitos Humanos e Empresas.
A criação do GT faz parte das ações promovidas pelo MDHC para a campanha “Junho Violeta”, realizada em junho em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, em 15 de junho.
Também podem ser convidados para participar representantes de outros órgãos e entidades públicas e privadas, especialistas, pesquisadores e técnicos, quando constar na pauta de deliberações tema relacionado à sua área de atuação.
A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) é uma das entidades civis eleitas que irão compor o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI) no biênio 2023-2025. A eleição aconteceu nesta quarta-feira (26), promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
“Fazer parte do CNDPI, é ter a certeza de que não estamos sozinhos na luta a favor dos direitos e da dignidade dos idosos em nosso país”, afirmou Maria do Rocio, coordenadora da PPI Nacional.
A votação eletrônica foi realizada por entidades civis anteriormente habilitadas. Entre as novidades deste ano, destaca-se a amplicação de 14 para 18 o número de entidades da sociedade civil na composição do órgão colegiado. Quatro segmentos que até então não tinham assento no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa passarão a integrá-lo – igualdade racial, população LGBTQIA+, mulheres e povos indígenas.
O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do MDHC, Alexandre da Silva, celebra o aumento da participação social e da diversidade no órgão colegiado. “Essa composição tão plural me orgulha e me deixa, de fato, muito esperançoso do que nós podemos fazer coletivamente e conjuntamente. Eu sei que cada entidade que estará conosco trará o seu saber, a sua experiência, e vai nos ajudar a pensar soluções e construir pontes”, disse.
“A ampliação das entidades é justamente para entendermos as velhices plurais, essa diversidade das velhices; e as desigualdades, as iniquidades das velhices, as discriminações múltiplas que marcam tipos específicos de velhices. É com esse conhecimento que vocês trazem e com o que temos aqui na secretaria que vamos articular e construir muitas ações em conjunto”, completou o secretário.
O secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do MDHC, Alexandre da Silva, celebrou o aumento da participação social e da diversidade no órgão colegiado. (Foto: Ascom/MDHC)
Representante da Associação Cultural de Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), uma das entidades eleitas, Marlene Aparecida Gonçalves celebrou o resultado das eleições. “Estamos aqui firmes e fortes para trabalhar juntos com essas instituições que agora compõem esta equipe, uma diversidade enorme, com várias etnias”, ressaltou.
Entidades eleitas
No segmento trabalhadores urbanos e/ou rurais, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag); no que se refere a empregadores urbanos e/ou rurais, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde); no segmento fiscalizadoras(es) do exercício profissional, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
A Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas e Idosos (Sintapi-CUT) representam os aposentados e pensionistas. Pela comunidade científica, a Associação Nacional de Gerontologia do Brasil (ANG Brasil) e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
No segmento educação, lazer, cultura, esporte ou turismo, foi eleito o Serviço Social do Comércio (Sesc). Na defesa de direitos, a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep), a Associação Nacional do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (Ampid) e o Movimento de Reintegração das Pessoas atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Quanto ao atendimento à pessoa idosa, a Associação Brasileira de Alzheimer e Condições Relacionadas (Abraz), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (Cfoab) e a Pastoral da Pessoa Idosa (PPI). Quanto à atuação em temas relacionados à igualdade racial na interface com atividades de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, a Associação Cultural de Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs).
Ana Melo representou a PPI na eleição do CNDPI.
Na atuação em temas relacionados a mulheres na interface com atividades de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, a Ação de Mulheres pela Equidade – Promoção de Saúde, Educação, Arte, Cultura e Esporte (Ame).
Sobre a atuação em temas relacionados a indígenas na interface com atividades de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, o Coletivo Indígena Wakonã. Na atuação em temas relacionados à população LGBTQIA+ na interface com atividades de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, a Aliança Nacional LGBTI+.
Posse
A posse dos novos conselheiros e conselheiras está prevista para o próximo dia 22 de agosto, às 9 horas, em Brasília (DF), com a participação do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. A cerimônia acontecerá no Auditório Ana Paula Crosara, no MDHC.
No mesmo dia, no período da tarde, ocorrerá a 115ª Reunião ordinária do CNDPI, na Sala de Reuniões Plenárias no MDHC, também em Brasília (DF).
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Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MDHC.
Um domingo ensolarado e cheio de alegria na Casa da Mãe Aparecida, recebendo devotos de todo o Brasil! E celebrando uma data muito especial: o Dia Mundial dos Avós e das Pessoas Idosas, com o tema “A sua misericórdia se estende de geração em geração” (Lc 1, 50).
Este momento é uma convocação do Papa Francisco, que pediu cuidado com os avós e os idosos, respeitando e valorizando a experiência e o conhecimento transmitido por eles.
Logo na manhã do dia 23 de julho, houve a celebração da Santa Missa no Altar Central do Santuário Nacional, presidida por Dom José Antonio Peruzzo, bispo referencial da Pastoral da Pessoa Idosa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Arcebispo Metropolitano de Curitiba (PR).
Entre os devotos presentes nesse domingo em Aparecida, Sandra Michelin, agente da Pastoral da Pessoa Idosa da Diocese de Americana (SP), falou da emoção em saber que a Igreja se preocupa com os idosos em geral e poder celebrar isso em Aparecida.
“Nos sentimos gratificados! Achamos que somente é bom pro idoso levar ele pra Igreja, mas na verdade é uma troca muito grande! O benefício que o contato com o idoso traz pra gente é muito grande! Nós estamos nos construindo e a gente se fortalece com a sabedoria que a pessoa idosa tem! A Pastoral tem uma metodologia lindíssima de acompanhamento mensal ao visitar em suas casas. E também saber que o Papa olha com tanto carinho para a pessoa idosa, nos dá a certeza de que a nossa Pastoral é muito necessária para os dias de hoje!”, disse.
Em sua reflexão, Dom Peruzzo fez uma relação do cuidado aos idosos com o Evangelho deste domingo, quando Jesus fala a parábola do joio e do trigo, para abrir a mente dos discípulos despertando-os para a complexidade que envolve a vida humana.
“Falo daqueles que nem conseguem pronunciar sua voz, como se fossem sementes escondidas porque tem muito a oferecer! A população de idosos cresce, mas cresce também o número de desassistidos! Façam que nem o Papa Francisco nos diz: Visitem! Cheguem até lá, não simplesmente por uma bondade de conveniência, vão lá se aproximem, toquem, escutem! Quem não é capaz de ouvir a voz dos idosos, não é capaz de ouvir a própria interioridade, não é capaz de perceber os traços de Deus na história, não consegue discernir o que é joio e o que é trigo!”
Foto: Andreza Galvão (A12)
O arcebispo finalizou sua homilia enviando a mensagem do Santo Padre em cultivar laços entre as diferentes gerações, diretamente ligada à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizará em Portugal de 1 a 6 de agosto.
“Francisco recomenda para que os jovens antes de viajarem para Lisboa, visitarem um idoso esquecido, ignorado! Ouça ele, para que tenham muito que conversar durante a JMJ. Se soubermos ouvir os idosos, saberemos lidar com nossas próprias fragilidades, se ignorarmos os fracos, levaremos para maus caminhos a nossa própria força! Os fortes que não tem ouvidos para os fragilizados, correm um grande risco de tiranizá-los. Não é isso que o Senhor sonhou para os seus!”
A Pastoral da Pessoa Idosa, por sua vez, tem desempenhado um papel fundamental na promoção do bem-estar e da dignidade das pessoas idosas no Brasil. Através do acompanhamento domiciliar mensal sistematizado, a pastoral busca garantir que as pessoas idosas tenham uma melhor qualidade de vida e apoio espiritual, bem como combater o abandono e a exclusão social.