O Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, foi instituído pela ONU em memória ao Massacre de Sharpeville, ocorrido na África do Sul em 1960. Na ocasião, tropas militares abriram fogo contra 20 mil manifestantes negros que protestavam pacificamente contra a Lei do Passe, matando 69 pessoas e ferindo 186. A data nos lembra da importância de combater todas as formas de racismo e exclusão social.
A Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial define discriminação racial como qualquer distinção ou exclusão baseada em raça, cor, descendência ou origem que limite o acesso a direitos fundamentais. No Brasil, embora avanços tenham sido conquistados com a Constituição de 1988 e a implementação de políticas de inclusão, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir equidade.
Nesse contexto, a luta contra a discriminação racial se faz ainda mais necessária. Muitas pessoas idosas enfrentam a dupla exclusão: além do etarismo, que limita seu acesso a oportunidades e direitos, também sofrem com o racismo estrutural, que aprofunda desigualdades históricas. Essa realidade impacta a saúde, a segurança e a qualidade de vida de milhares de pessoas idosas negras no país.
Por isso, a Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) reforça seu compromisso com a promoção da dignidade e da justiça social, combatendo todas as formas de preconceito por meio da conscientização e da valorização da pessoa idosa, independentemente de sua cor ou origem. É fundamental que cada um de nós seja um agente de transformação, denunciando injustiças e promovendo o respeito e a inclusão.
A reflexão de Denise Carreira, publicada na Revista Conectas, reforça a urgência dessa luta:
“A transformação exige que as pessoas se coloquem como aprendizes nessa reconstrução das relações raciais, enfrentando o desconhecimento e desconstruindo privilégios. Precisamos reconhecer a história, os conhecimentos e os valores civilizatórios dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas, combatendo as discriminações e as violências no cotidiano e nas instituições.”
Promover uma sociedade mais justa e igualitária é uma responsabilidade coletiva. E essa mudança começa agora, com cada um de nós.
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Por
Assessoria de Comunicação
Pastoral da Pessoa Idosa Nacional