O câncer de mama é uma das doenças mais frequentes entre as mulheres e seu risco aumenta proporcionalmente com a idade. Com o envelhecimento da população, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres acima dos 70 anos tem se tornado cada vez mais comum. No entanto, apesar desse cenário, ainda existem muitos mitos sobre o tratamento da doença nessa faixa etária.
A Importância do Diagnóstico Precoce e do Tratamento Adequado
Segundo a lei brasileira, uma pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere 65 anos. Mas, no contexto médico, muitas vezes o termo “idosa” é utilizado para mulheres com mais de 70 anos. Independentemente da idade, o fator mais importante no tratamento do câncer de mama não é o número de anos vividos, mas sim a saúde geral da paciente e a presença de outras condições, como hipertensão ou diabetes.
Infelizmente, é comum que as mulheres idosas deixem de realizar exames de rotina, como a mamografia, ou não relatem sintomas, como nódulos mamários. Isso leva ao diagnóstico tardio da doença, o que reduz as chances de cura. A mamografia, mesmo em mulheres mais velhas, é essencial para detectar a doença em seus estágios iniciais, quando as chances de cura são maiores. O atraso no diagnóstico e a omissão de tratamentos adequados podem comprometer a qualidade de vida e reduzir a expectativa de vida das pacientes.
Outro fator preocupante é a ideia equivocada de que o tratamento em mulheres idosas seria desnecessário, pois elas morreriam de outras causas antes do câncer. No entanto, estudos mostram que até 20% das pacientes acima de 70 anos com tumores mamários iniciais podem morrer de câncer de mama, não de outras doenças. Assim, o tratamento adequado é fundamental, independentemente da idade.
Opções de Tratamento: O Que Muda para Mulheres Idosas?
De modo geral, as mulheres idosas podem ser tratadas da mesma forma que as mais jovens, exceto em casos de limitações clínicas. Cirurgias conservadoras da mama são preferidas, e a radioterapia, que tem poucos efeitos colaterais, pode ser uma excelente opção, reduzindo o risco de recorrência. No entanto, ela pode ser dispensada em pacientes com mobilidade reduzida e tumores de bom prognóstico.
O tratamento medicamentoso apresenta mais desafios para as idosas, especialmente em relação à quimioterapia, que pode causar efeitos colaterais graves, como problemas cardíacos e na medula óssea. Por outro lado, terapias hormonais e alvos específicos são geralmente bem toleradas e costumam ser utilizadas em tratamentos de longo prazo.
Adaptar o tratamento à condição clínica da paciente é uma necessidade, mas sem omitir terapias que podem garantir melhores resultados. A detecção precoce, aliada ao tratamento adequado, aumenta as chances de cura e melhora a qualidade de vida das mulheres idosas que enfrentam o câncer de mama.
Outubro Rosa: A Importância da Prevenção para as Mulheres Idosas
Neste Outubro Rosa, a Pastoral da Pessoa Idosa se junta a essa causa para alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. É crucial que todas as mulheres, especialmente as idosas, estejam atentas aos sinais do corpo e busquem o acompanhamento médico adequado. Juntos, podemos reduzir a mortalidade e promover uma vida mais saudável para todas as mulheres.
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Por
Assessoria de Comunicação
Pastoral da Pessoa Idosa Nacional